Volta Ibérica Voltaiberica.blogspot.com


Depois de concluída com sucesso a Travessia Kayak Portugal um novo desafio está lançado para 2012, a Volta Ibérica. Mais um projecto do grande amigo Nuno Pereira que necessita do apoio de toda a comunidade Kayakista e não só para levar a bom porto esta aventura. Recomendo que acompanhem o Blog da volta (cliquem no título desta mensagem) e a página do facebook. Os treinos já começaram ;-)

Travessia Kayak Portugal

No dia 3 de Julho de 201o irá ter início a travessia em kayak de toda a costa marítima Portuguesa. Quero desejar boa sorte aos dois kayakistas Nuno Pereira e Rui Calado e que concluam o seu objectivo sem sobressaltos de maior, pois alguns vão enfrentar de certeza, mas com a vontade e o espírito que os caracteriza estou confiante que atingirão aquilo a que se propuseram.

Para acompanharem esta travessia vão a http://travessiakayakportugal.blogspot.com/ e participem como puderem ou desejarem. Estamos a torcer para que esta grande aventura chegue a bom porto.

Começar o Ano com Diversas Águas

O ano começou bem no que toca a passeios náuticos (e nas outras coisas também), início com um passeio de águas bravas nortenhas, seguido de uma barragem alentejana, depois uma ribeira alentejana e o último passeio foi por um mar interior, o Poldge de Minde. Bem de mar tinha pouco, pois ainda faltava muita água para estar cheio, mas na companhia dos Amigos da Pagaia lá fui conhecer águas temporárias. Para quem nunca ouviu falar vale a pena espreitar por aqui minde.eu/natura/polje.html para ficar com um conhecimento mais profundo da coisa.

A vegetação densa e a quantidade de água insuficiente limitaram o passeio, mas foi engraçado andar a contornar árvores e arbustos espinhosos tipo prova de orientação e quando não dava para passar por entre os ramos passava-se por cima. O dia estava nublado e a chuva foi caindo, mas a temperatura estava amena. Lá demos com uma nascente, o que permitiu umas pequenas brincadeiras de águas correntes, mas que souberam a pouco. Terminámos mais cedo que o previsto com um almoço num restaurante local, mas como não ficámos satisfeitos lá voltaremos quando a chuva desejar encher a poça, permitindo navegar em toda a sua extensão. Para não perder o embalo, neste próximo fim de semana lá irei para outras águas.



Ainda Estamos Por Aqui

O tempo passa rapidamente e pouco falta para mais um ano terminar. A escrita por aqui tem sido pouca, mas os passeios têm sido realizados e apesar de este ano não ser o de maior número de idas para a água (por enquanto) a média não está má, em nove meses uma média de três passeios por mês. O maior número foi feito em barragens, num total de dezanove, em mar apenas dois passeios, em rios outros dois (um deles de águas bravas) e mais 4 em lagoas. Em muito maior número são os km feitos de carro para chegar a todos estes locais, mas quem conduz para pagaiar com gosto, não se cansa. Continuando com números, foi também este ano que ultrapassei os 3.000 km feitos de kayak dentro de águas, desde que me iniciei na paixão de kayakar em 2004. Começamos este blogue em Outubro de 2007 e um ano depois decidimos colocar um contador de visitas, pois queriamos ter a noção se valeria a pena manter este espaço e se o mesmo interessaria a alguém. Muitas vezes não fomos tendo tempo para mantê-lo convenientemente actualizado e como a nossa disponibilidade não se alterou, caso não houvesse interesse nele iriamos encerrá-lo. Durante o último ano o número de visitas a este nosso e vosso blogue ultrapassou as cinco mil visualizações, o que nos leva a considerar que esta é uma média aceitável para quem praticamente só aborda a temática da canoagem de turismo. Esta visitação significa para nós que este blogue tem alguma utilidade e que o interesse pela canoagem existe e vai de vento em popa, portanto enquanto conseguirmos vamos manter esta página activa, embora conscientes das nossas limitações de tempo. Agradecemos o vosso interesse e ficamos satisfeitos por ter utilidade, convidando quem desejar participar na escrita por aqui a fazê-lo, pois com a vossa participação este espaço ficará mais rico e diversificado.
Por falar em vento é algo que temos aproveitado ultimamente com o kayakmaran, uma nova experiência que tenho apreciado e a MindWater ainda mais. Para poder navegar individualmente com os K1 de competição que constituem o kayakmaran fiz dois flutuadores em fibra de vidro, de encaixe lateral para os botes, o que nos permite andar com eles individualmente, agora sem tomar banhos forçados. Já ensaiamos a coisa e resultou, agora com os flutuadores mantêm-se direitos na água, embora exista um pequeno atrito com os dois flutuadores os botes deslizam com bastante velocidade. Ainda não houve tempo para pegar no Sipre USA e terminar a sua reconstrução, mas agora com a aproximação do inverno terei mais tempo para concluir mais esta bricolage. Para além de lhe querer fazer o que já fiz nos outros k1 de competição, neste vou inventar mais uma coisita, que será alargar-lhe o casco somente a meio para que a estabilidade exista e possibilite uma navegação mais tranquila e com menor esforço de equilíbrio. Para o inverno também existe o projecto de construção de um kayak de mar em madeira, algo já apalavrado com o Steve Potter, um carpinteiro náutico disposto a ajudar-me e a ensinar-me muita coisa na construção de kayaks de madeira. Sem a sua ajuda não me aventuraria sozinho, pelo menos para já em tal projecto. Vamos ver como a vida corre e economizar uns €€€ para o material e arranjar disponibilidade para a sua construção. Dos diversos passeios dados ao longo do ano muitas histórias, diversões, situações e episódios poderiam ser relatados, mas como não fomos fazendo as descrições na sequência dos mesmos, agora já não faz muito sentido bater teclas sobre estes.
Apenas queremos destacar o último passeio, o 6º Aniversário dos Amigos da Pagaia, realizado em 3, 4 e 5 de Outubro na Barragem do Maranhão. Mais um aniversário que decorreu dentro do nosso habitual espírito de grupo, com um elevado número de participantes, com destaque para os novos elementos que integraram ultimamente os AP´s. Grande convívio dentro e fora de água, comemoração de 2 aniversários (o dos AP´s e de uma querida kayakista), muita comida e diversão pautaram os 3 dias de festa. Um grupo de amigos com paixão pela água e pelos kayaks, que continua a aumentar os seus elementos e muito tem feito pela canoagem de turismo em Portugal. Parabéns a todos os Amigos da Pagaia.

Vela para o Kayakmaran

Comprovada a navegabilidade e a eficácia do kayakmaran Nelo faltava mais um extra para continuar a sua personalização, a vela. Ideias de como ela poderia ser eram várias, a maior dificuldade consistia em idealizar a peça principal de união, pois o objectivo era que a vela fosse completamente desmontável dos kayaks, mas também que quando montada se pudesse elevar e baixar. Decidi fazer uma vela triangular, pois iria facilitar-me muito mais o trabalho. Quase na base do mastro fiz e rebitei uma chapa de alumínio em U, onde seria montada a retranca e onde também amarraria um dos cantos da base da vela. Esta peça permite juntar/afastar a retranca ao mastro, para poder baixar/elevar a vela.
No topo do mastro coloquei um tampão plástico utilizado nos sistemas de rega, que depois de furado permite fixar o topo do pano da vela e segurar os cabos que vão á popa e á proa. Os cabos de popa são em cordão, para dar consistência ao mastro e os cabos da proa são elásticos, para permitir baixar a vela e para a mesma se elevar sozinha. Na ponta dos cabos montei uns fechos de mola para prender os cabos nas pegas de transporte dos kayaks, sendo rápida a sua montagem. No topo da retranca, montei um tampão de canalização em plástico, que depois de furado levou o cabo para a rotação do mastro e também serve para a fixação de mais um canto do pano da vela. Para fixar o cabo da retranca no kayak utilizei um fecho em plástico aparafusado ao casco, que é prático para prender e soltar o cabo e assim proceder á rotação da vela. A peça de rotação e fixação do mastro é uma união daquelas plataformas flutuantes que encontramos em muitas barragens. Na sua rosca foi feito um furo para entrar na travessa de união dos kayaks e a porca faz o aperto à travessa. No interior da peça foi montado um rolamento blindado que depois de ser bem fixado pelo seu exterior, levou o mastro pelo seu interior. Não foi fácil arranjar este rolamento, pois tinha que ter a dimensão exterior da peça plástica e a dimensão interior do tubo do mastro. Depois de fixar o rolamento e o mastro, enchi todo o interior com massa consistente, fiz uma chapa para proteger o conteúdo e depois enchi a restante parte com cola de pistola, tudo isto com o objectivo de proteger o mais possível a vida útil do rolamento e dar mais consistência ao conjunto. Desta forma a vela pode rodar 360º e apesar da dimensão ficou um conjunto leve.
Na travessa de união dos kayaks foram também montadas duas peças plásticas para impedir que a base da vela oscilasse. Ao baixar a vela a ponta do mastro apoia na travessa traseira de união dos kayaks e para amarrar a retranca ao mastro foi cozido um fecho de velcro duplo. A ideia resultou, para além da leveza da rotação, o peso é baixo e o aspecto visual não é mau, tendo alcançado o objectivo de facilmente se montar e desmontar tudo. A Altura do mastro é de 2.30mt e a retranca tem apenas 1.20mt, pois para a rodar tem que ser passada em frente dos canoístas e portanto não poderia ser maior. O ensaio a seco permitiu ver o bom funcionamento do conjunto, faltava testar na água.
O dia possível para o ensaio não foi o melhor, pois o vento não se fez sentir muito forte, não permitindo ver a velocidade máxima do kayakmaran, mas mesmo assim velejamos a uma velocidade maior do que a remar, confirmando a estabilidade da vela e dos kayaks. Aguardamos agora um dia com bastante vento e que haja disponibilidade para ir para a água para ensaiar a coisa no limite. Este projecto para estar concluído falta-lhe apenas mais um extra que não é fundamental (embora haja para aí um amigo que ainda gostava de inventar mais uns acessórios), é mesmo por carolice, falta fazer uma plataforma entre os kayaks que nos permita lá deitarmo-nos ao sol, dar uns mergulhos, ou levar lá uma criança ou carga. Ainda ando a equacionar quais os melhores materiais a utilizar, pois terá que ser uma plataforma rígida, leve e facilmente montável/desmontável. Haja agora vento e tempo para molhar muitas vezes este bote, senão único, pelo menos invulgar.

Brevemente vou pegar no Sipre USA e começarei a sua transformação, já lhe pus uma quilha e um estabilizador, mas mesmo assim é impossível andar com ele em turismo (só anda quando pagaiamos, ao parar é banho quase sempre), por isso vou alargar-lhe o fundo para ganhar mais estabilidade, mais umas quantas invenções e julgo que o poderei utilizar em turismo. Lá para o fim do Verão devo acabá-lo.