Concelho de Santiago do Cacém...


… tem a sua localização a sul do distrito de Setúbal, na região do Litoral Alentejano. Dista a 150 km de Lisboa e a outros tantos do Algarve. Santiago do Cacém começou por ser um povoado Pré-Celta que foi Romanizado desde o século I da era de César até ao século V da era de Cristo, possuindo uma vasta história que certamente será um prazer investigar para os apreciadores. Actualmente é a sede de concelho e conta com 11 freguesias. O território apresenta zonas montanhosas, zonas de planícies, vales e várzeas, onde sobressai o sobreiro, medronheiros, pinheiros, azinheiras e eucaliptos. Apresenta também uma vegetação de estevas, urzes, sargaços, carvalheiras e carrasqueiros, bem como uma arboricultura de oliveiras, laranjeiras, vinha e outras árvores frutíferas. Sendo um local com uma beleza natural e sem grande poluição, pode-se encontrar uma fauna composta por raposas, texugos, doninhas, papalvos, lontras, coelhos, lebres, perdizes, javalis, rolas, o cisão, tordos, a codorniz, patos, pombos bravos, corvos, águias, mochos e noitibós.

Como lugares de interesse para visitar salientamos alguns como: Estação Arqueológica das Ruínas de Miróbriga (origem pré-romana), o Castelo de origem árabe, a Igreja Matriz (de construção gótica), o Centro Histórico, o Museu Municipal, Parque Urbano Rio da Figueira e o Moinho da Quintinha, bem como outros monumentos nas várias freguesias. O Centro Equestre, a Escola de Voo, o Centro Cultural, o Alexander´s e o Badoca Parque são igualmente locais a visitar. A sua gastronomia é rica em sabores, salientamos a Caldeirada de Enguias, diversos Pratos de Peixe, a Açorda Alentejana, as Migas e Gaspacho, Carne de Porco á Alentejana e Pratos de Caça. Na Doçaria valerá a pena provar os rebuçados de Pinhão e Mel, os Alentejanos, o Bolo de Santiago e o de Torresmos, Alcomonias, Filhós e Popias Coradas.


Descrevemos de seguida uma parte que nos interessa particularmente, tudo o que diz respeito á Hidrografia. Para além da diversa beleza natural, este concelho é banhado pelo oceano atlântico, possuindo as Praias: da Lagoa de Santo André, da Costa de Santo André, do Monte Velho, das Areias Brancas e a praia da Fonte do Cortiço. Na parte leste do concelho encontra-se o Rio Sado e algumas das Ribeiras que são afluentes da Lagoa de Santo André. Estas Ribeiras são pequenas embora algumas delas em épocas de chuva permitam em determinadas zonas a exploração em kayak, desde que os mesmos sejam de pequeno porte. Temos então as Ribeiras: do Roxo, de Campilhas, de S. Domingos, da Corona, da Badoca, do Azinhal, da Cascalheira e a ribeira da Ponte. Como locais de eleição para a prática de Canoagem, Vela, Natação e Pesca temos: a Lagoa de Santo André, a Barragem de Campilhas e a Barragem de Fonte de Serne. A Lagoa de Santo André é uma reserva natural, onde se mistura a água salgada do mar com a das três ribeiras que aí desaguam, com um valioso património ecológico como zona de nidificação e passagem de aves migratórias.


A Barragem de Campilhas é a de maior dimensão e a de Fonte de Serne embora mais pequena possui uma maior beleza paisagística. Ambas servem para reserva de água potável e para a rega, bem como para a pesca ao Barbo, Carpa e Achigã. São estes os três locais de eleição para os treinos e passeios destes kayakistas alentejanos, que para quem deseje conhecer terá três dias a pagaiar em belas paisagens alentejanas neste litoral plantadas. Relativamente perto, mas já no concelho de Sines poder-se-á pagaiar ainda na Barragem do Morgavel, bem como no mar que banha toda esta faixa costeira. Muito mais haveria a dizer sobre este concelho e suas gentes, mas nada como deixar o restante para ser descoberto por todos vós quando aqui decidirem vir deliciarem-se. Contem com estes alentejanos para ir convosco á descoberta de Santiago do Cacém.

Gastar as Br€as para o Inverno

Após um pedido de conselho do nosso amigo de Reguengos de Monsaraz, sobre equipamentos para o Inverno, surgiu-nos a ideia de aqui deixar algumas dicas para nos vestir-mos a rigor para a época e gastarmos alguns (bons) €uros das broas do Natal (que cada vez ficam mais minguadas). A ideia surgiu pela dificuldade que o nosso amigo está a ter para encontrar um fato de neoprene, tipo jardineira com a sua medida e que nos questionou qual a nossa opinião de comprar um fato de bodyboard para a prática de canoagem. Desaconselhámos esta opção com várias justificações, dando-lhe indicação de diversas lojas onde poderia insistir na procura do referido fato com a sua medida, ou de sites para encomenda ou ainda como opção comprar umas calças de neoprene, que consideramos como 2ª opção, pois são tão caras como o fato e este permite um maior aquecimento e estanquidade. Vamos então ás compras para um natal mais agasalhados e na moda.

Começamos com um casaco impermeável, que cortará também o vento.

O tal Fato de Neoprene, o denominado jardineiras.


Um Polo Térmico para andar-mos mais quentinhos e aconchegados.

Umas Luvas para o frio e para evitar andar de mãos molhadas.
Umas Botas de Neoprene para não molhar os pezinhos.

Umas Meias de Neoprene para os aquecer ainda mais.



Um Gorro talvez para as terras mais frias do Norte (a sul faz sempre calor).


O indispensável Colete, pois para além de também aquecer representa segurança.
Nos dias de chuva poder-se-á optar por um chapéu impermeável, tipo pescador.
Uma pequena resalva, não liguem ás marcas dos equipamentos, não pretendemos fazer publicidade (não nos quiseram dar comissão), são meros exemplos ilustrativos (mas por acaso dos mais em conta).
Posto tudo isto lá se foram as Br€as do Natal, mas assim podem enfrentar todas as tormentas invernais e deixarem-se de desculpas para não pagaiarem no Inverno.
Boas Festas e muitas e boas Pagaiadelas!!!

Pagaia Élio VI

Sendo possuidores de três pagaias que variam entre uma qualidade baixa e uma qualidade média, chegou a altura de investir numa de boa qualidade. O desejo era de ter uma pagaia leve, com umas pás de boa dimensão, que melhora-se a tracção na água, principalmente em passeios no mar e possibilitando uma maior velocidade.


Nos passeios em que pude participar com os Amigos da Pagaia foi-me possível experimentar uma diversidade de pagaias, o que me permitiu ir definindo o que desejava. Os preços das pagaias variam bastante no nosso mercado, dependendo dos modelos e marcas, dos fabricantes e dos importadores, sendo importante fazer uma boa selecção para comprar algo de qualidade a um preço aceitável (pois não posso inviabilizar a compra do bote da águas bravas). Após a consulta de diversos sites e vários contactos telefónicos com diversas marcas e representantes, cheguei á conclusão que quase todos efectuam cópias de marcas de renome internacional (estas extremamente caras), sendo as cópias da marca Bracsa fabricadas em maior número. Também optei por contactar atletas de competição, os quais tinham pagaias á venda, não com o objectivo de comprar usadas, mas de ouvir as suas opiniões sobre os mais diversos modelos. Escutando e aprendendo com os conselhos e opiniões de alguns Amigos da Pagaia, dos fabricantes e dos atletas de competição decidi então que queria uma pagaia em carbono, em “colher” tipo competição, com uma pá com cerca de 770 cm2, com um peso entre as 650 gr e as 750 gr, em que a dita colher tivesse uma maior dimensão na sua extremidade para possibilitar uma maior tracção em mar. Como é óbvio a escolha da marca teve em consideração o preço, pois os fabricantes nacionais copiam todos os modelos da Bracsa, sendo produtos muito similares na qualidade mas não no preço. Tendo em consideração o desejo e os objectivos traçados optei por uma cópia Bracsa, a Élio VI, que me foi enviada pelo correio, tendo eu que fazer a sua montagem, a colagem das pás no tubo (pois montada teria que ser expedida por transportadora aumentando em muito o custo da mesma).

Desde a encomenda até chegar ás minhas mãos decorreram cinco dias, período em que me interroguei se conseguiria efectuar correctamente a montagem. O fabricante explicou ao pormenor como haveria de proceder para a montagem, enviando a respectiva cola e mostrando-se sempre disponível para qualquer dúvida. Tenho que admitir que achei que seria complicado, nomeadamente para estabelecer o ângulo adequado, mas seria mais um desafio, que se veio a provar ser facilmente resolvido. As três pagaias de casa ajudaram a aproximar do ângulo mais habitual, mas sendo estas pás em concha existiam certas diferenças. Sem efectuar a colagem fui ensaiando os ângulos quer pagaiando no ar, quer no tanque do monte. Estes ensaios permitiram-me escolher o ângulo apropriado para mim, onde optei por não ter que efectuar aquela ligeira rotação nas mãos ao mudar da pá da direita para a pá da esquerda. Após os ângulos estarem definidos efectuei a colagem e retirei as enormes letras a publicitar a marca, faltando agora o ensaio dentro de água com o kayak.

Foi em mais um passeio alentejano de 25 km na Barragem de Campilhas, que fiz o ensaio. As primeiras pagaiadelas exigiram alguma habituação, pois estas pás em colher são muito diferentes das que já possuía, de início sentiu-se de imediato um aumento de velocidade (com a pagaiada certinha), mas também um aumento de instabilidade, que foi diminuindo e desaparecendo com os km. A velocidade continuava alta, o peso da pagaia nem se notava, mas após uns 15 km comecei a notar e a sentir o cansaço que esta pagaia transmite, pois a dimensão das suas pás exige mais esforço a pagaiar, nomeadamente quando o ritmo até aqui imprimido era tipo de competição. Desde que é colocada dentro de água até sair sente-se sempre a tracção e a força na água, notando-se o efeito do seu poder na velocidade atingida. Mas após mais alguns km os músculos habituaram-se e deixaram de se queixar do esforço exigido. É uma pagaia que exige alguma habituação e treino, mas que depois de dominada dá um prazer de velocidade e de força incrível. Enfim, fiquei muito satisfeito com esta nova aquisição, faltando agora ir para o mar experimentar este peso muito leve, tão leve como mais leve ficou a minha carteira, mas a jeito de conclusão toda esta leveza valeu a pena.

SoulWater