Barragem Pego do Altar

No dia 25 de Outubro lá reunimos um grupo de seis amigos cheios de vontade de pagaiar e fomos até ao Pego do Altar para mais um passeio. O ponto de encontro e de entrada na água seria junto ao paredão, mas a barragem apresentava um nível tão baixo, que no local da habitual entrada deparamos com uma ravina, imprópria para pôr os botes na água. Fomos procurar um lugar mais acessível junto de Santa Susana, não sem antes pararmos para beber um café e começarmos a botar a conversa em dia.
Lá entramos dentro de água mais tarde do que o combinado, não só pela mudança de planos, mas porque há sempre um alentejano que teima em atrasar-se. Já no braço esquerdo da barragem, estacionamos os carros junto á água e começou a azáfama habitual, rumando depois para o fim do mesmo braço. Nunca tinha visto esta barragem tão vazia, na zona onde entramos o misto de terra, pedras e areia era extenso e longo, e depois as ravinas sucediam-se á nossa volta. Realmente a mesma barragem pode nem parecer a mesma quando alterna entre vazia ou totalmente cheia, parecem locais diferentes. O braço esquerdo terminou muito antes do que é habitual, com um terreno bastante lamacento, onde invertemos e rumamos para o paredão, em muito pouco tempo se fez todo o braço. O ritmo da pagaiada variou entre o passeio e por vezes com maior rapidez, ao sabor das agradáveis conversas e brincadeiras. Já no paredão retomamos para o braço principal, o mais longo, procurando um local que permitisse atracar e almoçar.
Foi um almoço que demorou a chegar, pois não havia meio de encontrarmos um local acessível, sucedia-se ravina atrás de ravina. Já praticamente a meio deste braço lá nos deparamos com um local para desembarque e para o respectivo almoço, pois para alguns a fome já era negra. Entre tachos e sandes os temas das conversas foram sempre diversificados e alegres. Ouve lugar para cafezito e para trabalhar o bronze pois o sol estava no ponto. A conversa prolongou-se e a reentrada na água lá se fez um pouco tarde, continuando na direcção do braço principal, mas uns metros mais á frente a existência de um braço á direita levou-nos a percorre-lo e a regressar para o local da partida, pois queríamos fazer uns ensaios dos vários botes presentes e os dias estão cada vez mais curtos. Tivemos a estreia de uma nova kayakista inscrita por estes dias nos Amigos da Pagaia , a Anke uma alemã que mora pelos alentejos e que nunca tinha andado em kayaks de mar (embora nos tenha dito que anda de kayak desde os 5 anos), estreou-se num K2 durante o dia inteiro.
Tive o prazer de conhecer o Ciclista (Nuno) que começou a desafiar-me para a descida do Rio Tejo em Autonomia, ficou cá o bichinho para a coisa. O RuiAlturas também compareceu após uma longa ausência fora de água, tal era a cegueira que andou quase sempre a navegar á frente do grupo, com tanto desejo de pagaiar não entendo como se atrasa sempre nas partidas de casa. O fotografo de serviço o Quim, foi ficando quase sempre para trás para efectuar o relatório fotográfico do passeio, o que levou a esperas para reagrupamento, mas permitiu muita conversa e poses para os clicks. O Carlos como é seu hábito brindou-nos com a sua boa disposição e com a sua boa conversa, é sempre um prazer escutá-lo e dialogar com ele, pois aprendemos sempre um pouco mais.
Eu, que gostei de ali estar com todos e pagaiar de K2 com a Anke, embora a fantasia que tinha é que eu iria de ter que puxar por ela, porque ela nunca tinha feito passeios com mais de 8 km num dia e como o passeio teve uns 25 km achei que estava tramado, mas enganei-me, revelou-se uma boa canoísta e atinou de imediato com o ritmo que um K2 exige, chegando ao fim do dia ainda cheia de genica para andar e experimentar os K1 todos. Não resisti também a experimentar todos os K1, embora tenha gostado de todos, adorei um em especial o Goltziana Piranha, máquina que já andava curioso de ensaiar á algum tempo e que ficou no goto, um bote que gostaria de ter, quem sabe um dia para aumentar a frota. Foi mais um dia muito bem passado dentro de água, com poucos mas bons Amigos da Pagaia.

Sem comentários: