Aquisição de Kayaks para a Família...Errando e Aprendendo

O nosso início nestas lides foi feito com uma aprendizagem solitária, concretizando algumas más opções, que se foram resolvendo com o tempo.
Achamos que a aquisição de um kayak, deve ser feita mediante os nossos objectivos de utilização, gostos e disponibilidade económica.
Não vamos aqui discutir se será melhor o plástico, a fibra ou o carbono, pois todos eles apresentam vantagens e desvantagens, mais uma vez é importante ter em conta a utilização a dar e a qualidade/preço.
Iniciámos com o plástico, comprando um usado K1 Boreal Baltic KT450 (de 4,50 mt), que se revelou um kayak muito estável, muito confortável , mas com grandes limitações na capacidade de carga.


Permitia percorrer distâncias razoáveis, mas sem uma velocidade de pasmar. Serviu para toda a família experimentar e ficou durante uns bons tempos. Com o objectivo de toda a família participar nesta actividade, decidiu-se comprar outro bote que permitisse a todos estarem dentro de água. Primeiro grande erro, optou-se por um insuflável novo da Sevylor, Canoe KCC335, que foi experimentado no Rio Mira em Vila Nova de Milfontes, onde se provou a má opção de compra.


Era estável, permitia levar dois adultos e uma criança e respectiva carga, mas não andava, mesmo a pagaiar na força máxima o arrasto era difícil, as águas escolhidas também não eram as mais indicadas para este tipo de bote, mas a decepção foi grande e uma semana depois estava a ser devolvido á loja, pois felizmente para nós tinha um ligeiro e quase imperceptível defeito numa costura, o que permitiu a troca. Entre ficar com um cheque valor a ser gasto na loja ou comprar outro kayak, optou-se pela compra de um Rotomod Solo Luxe Soleil (novo e em plástico).


O kayak mais confortável até hoje ensaiado, pois não tinha um banco mas sim uma poltrona, um poço de carga na popa enorme (onde ia a filha mais pequena e a carga), muito estável, mas devido á sua grande largura e curto comprimento (com 3,30 mt) não se igualava ao Boreal em andamento. Deu para o casal Water passear em conjunto e fazer algumas brincadeiras em barragens, rios e também no mar.
Tínhamos agora o Boreal e o Rotomod permitindo uma utilização alargada, mas não completa para a família.
Após ter experimentado kayaks de fibra e avaliando as suas capacidades em andamento, o SoulWater ficou entusiasmado, toca de vender o Rotomod e comprar um Goltziana Kitiwec (usado em fibra, com 5,36 mt).


Um kayak espectacular em qualquer situação, não primava pela estabilidade, tinha uma boa performance e era bastante manobrável, sendo um kayak que dava um enorme gozo no mar e a navegar com vento forte. Tinha como grandes defeitos as pequenas tampas dos poços de carga e uma entrada para o banco muito apertada, mas um casco excelente. Kayak que mais saudades deixa, pois fazia subir a adrenalina e aumentava o gozo de pagaiar no mar.
Mantínhamos o Boreal e agora o Goltziana. Inconformados com as capacidades de carga para fazer autonomias e na sequência de ter experimentado a fibra e a velocidade que esta proporciona, decidiu-se optar por um kayak que resolvesse este problema.
Vendeu-se o Boreal e comprou-se um Sipre Murano L (5,30mt), que permitia levar a pequena no poço traseiro e toda a carga necessária.


Outro kayak excelente, estável, com óptimo deslizamento e acabamentos, bom casco (apesar da fina espessura da fibra), confortável e manobrável.
Revelou-se uma boa opção. Tínhamos agora o Goltziana e o Sipre, continuando com o problema de levar os quatro elementos da família. Tinha chegado a altura de experimentar uma canoa, pensando em resolver este nosso problema. Vendeu-se o Goltziana e comprou-se uma canoa ACK Indy (em fibra, com 4 mt) com capacidade para três (colocamos um banco amovível entre os dois bancos de origem), indo o quarto elemento no Sipre.


Outro erro de opção, pois embora levando três pessoas o seu deslizamento carregado não era o melhor (era razoável), permitia fazer passeios de distâncias médias, pois tornava-se muito cansativo para distâncias maiores. Depois de se baixarem os bancos a sua estabilidade melhorou. Esta canoa tinha a vantagem de poder ser utilizada só por um (nesta situação até se deslocava razoavelmente bem), permitindo utilizá-la para a pesca em barragens e em rios, o que aconteceu algumas vezes. Mantínhamos o Sipre e a ACK.
Não estava ainda encontrada a situação ideal para a família toda. Pôs-se a ACK à venda e comprou-se o novo Nelo Berlengas.


Finalmente encontramos a situação ideal para este momento. O Sipre Murano serve para uma utilização individual, indo os outros três no Nelo Berlengas, que provou ser um kayak que permite bons passeios com três tripulantes.
Depois de tanta troca sentimo-nos satisfeitos com os botes actuais, que se vão manter por um bom tempo. Resta mencionar que tudo isto ocorreu desde 2004 até à presente data. Mas como o vício por kayaks é grande, equaciona-se a compra de um kayak de águas bravas, que permita esta actividade, mas também o fazer Kayaksurf, mas tal só acontecerá no início de 2008. Depois diremos qual foi a opção e esperamos não voltar a cometer tantos erros (já andamos a pedir conselhos a pessoal com experiência na área).


Também possuímos estes dois botes insufláveis para brincar com as crianças. Já se utilizaram a ser rebocados pelos k1, mas o atrito causado era grande e cansativo de serem puxados com carga durante muito tempo.
Esperamos que esta nossa experiência ajude quem quiser optar por fazer aquisições de Kayaks para a Família...não tendo que aprendendo, errando tanto.

3 comentários:

Anónimo disse...

A experiência é a mãe da vida. E se com as trocas não se perder muitos euros tanto melhor!
A este ritmo, ainda te vejo fabricante de Kayaks, hem,hem,
Abraços
Mistral

Anónimo disse...

Very nice Sevylor

BU! disse...

Óptimo texto! Óptima partilha e a vida é feita disto mesmo... procurar sempre o melhor para as nossas "necessidades".
Um abraço
José Sousa