Passeio na Barragem de Fonte de Serne

Habitualmente é o SoulWater a fazer as partidas á família, mas desta vez foi ao contrário. O passeio combinado em família foi alterado á última da hora, devido a outras situações inadiáveis. Mas embora a família não pudesse ir em conjunto, deixar de ir para dentro de água é que não podia deixar de ser, se não o fizesse o resto da semana não correria bem de certeza. Proposto a ir sozinho eis que o grande amigo de águas RuiAlturas diz que também queria que a próxima semana lhe corresse bem e toca de irem os dois até Fonte de Serne. Atrasados como é habitual quando vamos os dois, lá nos pusemos a pagaiar invertendo a rota habitual, contornou-se toda a barragem e todos os seus braços pela margem esquerda do paredão. Esta é uma barragem habitual nos nossos treinos, mas até hoje nunca a tínhamos apanhado com tanta água, o que permitiu ir mais longe em todos os braços, perfazendo um total de 20 km realizados.


O dia estava com um sol radiante, o que contribuiu para aumentar o bronze nas zonas descobertas do corpo (há marcas que ficam todo o ano a praticar canoagem). Esta é uma barragem tipicamente do Litoral Alentejano com bastante vegetação a envolver-nos, desde sobreiros a eucaliptos, com bastante peixe sempre a saltar á nossa volta e com água de boa qualidade. As aves são uma constante, para além de um falcão peneireiro em voo muito razante junto de nós (o que não é habitual, pois voam sempre alto), as habituais garças e muitos corvos. O nosso ritmo a pagaiar é habitualmente rápido, mas decidimos aumentar o ritmo a papagaiar e diminuir o pagaiar, isto para variar. As nossas conversas são sempre muitos agradáveis e nunca ficamos sem assunto, parecemos dois compadres alentejanos que vão falando e cantarolando. Eis que numa das margens surge uma grande porca com os seus leitões, na hora da refeição destes, imagens que são boas para recordar e toca de tirar mais uns kilos de fotos.


Estava também na nossa hora de comer algo e toca de montar acampamento no areal habitual das refeições. Este local é muito aprazível, com bastante sombra e uma areia macia que permite sempre um momento de relax deitados nas toalhas, tipo lagartixas. É o momento da soneca dos alentejanos (embora nunca se durma mesmo), mas é sempre bom estendermo-nos. Mais umas boas fotos e toca de nos enfiarmos nos botes pois ainda faltavam alguns km. Mantivemos sempre um ritmo calmo (estamos no alentejo, devagar, devagarinho e parados). Mais conversa, mais gargalhadas, mais fotos e estamos perto do fim, mas como soube a pouco toca de dar mais uma volta á bacia central do paredão. Toca de carregar o material e parar em S. Domingos para beber a bujeca habitual do final do dia e conversar mais um pouco. Toca de regressar e descarregar (é o trabalho deste prazer). Estava assim terminado mais um dia de passeio e convívio marítimo destes amigos alentejanos.

SoulWater

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